Elas são fantásticas
“Pra descrever uma mulher não é do jeito
que quiser. Primeiro tem que ser sensível, se não, é impossível. Quem ver, por
fora, não vai ver por dentro o que ela é. É um risco tentar resumir”. A música de Elba Ramalho já nos adverte que não é tarefa fácil
falar das mulheres, mas deixo aqui minha contribuição para homenageá-las neste
dia.
A socióloga Ruth Ignácio diz que a condição de
submissão das mulheres é um fenômeno histórico. No início da humanidade, a
organização social se dava de maneira tal que as mulheres possuíam um papel
ímpar na consolidação do grupo, tendo lugar de destaque sem que fosse
necessária a exclusão ou submissão da responsabilidade dos homens. Foi com o
desenvolvimento da humanidade, e mais especificamente com o surgimento da
propriedade privada (e com ela a disputa pelo direito de herança) que se
estabeleceu a hierarquia entre os seres humanos. Nesta modalidade hierárquica
de poder, as mulheres foram subjugadas ao domínio dos homens. Esta constatação
nos faz compreender que não existe uma predestinação na qual a mulher é
inferior ao homem.
Porém, também é histórico que o homem sempre
procurou estabelecer medidas que viessem a materializar a superioridade e
supremacia do sexo “forte” em relação às mulheres. Isso pode ser percebido nos
mais variados segmentos da nossa sociedade contemporânea. Seria uma necessidade
fisiológica de sentir-se superior ao outro?
Pois bem, procurando um pouco pela Internet não é difícil encontrar
exemplos:
Stephen Kanitz, consultor de empresas e conferencista cita que
“nós, homens,
gostamos de nos gabar porque possuímos 23 bilhões de neurônios enquanto a
mulher possui "somente" 19 bilhões, 4 bilhões a menos. Muitos
consideram este fato, comprovado cientificamente, um sinal de superioridade. As
mulheres respondem imediatamente, que esta condição genética não faz a menor
diferença”. Elas estão absolutamente corretas. Kanitz explica:
“Mulheres compensam esta diferença
processando a informação de forma diferente”. Homens pensam sequencialmente,
etapa por etapa, logicamente trilhando o caminho da racionalidade, comparando
fatos com regras pré-estabelecidas. Suas conclusões são do tipo “sim-não”,
“certo-errado”.
Já as mulheres, segundo
Kanitz,“raciocinam em paralelo, avaliam dezenas de variáveis simultaneamente,
suas conclusões são do tipo “melhor-pior” ou uma simples sensação visceral de
certeza da conclusão. Por isto, dizem que as mulheres são “intuitivas”. Elas
processam informação mais rapidamente, são mais abrangentes, mais holísticas.
Ou seja, mulheres são paralelas, homens são seriais”. Por isso que elas
conseguem fazer tantas tarefas ao mesmo tempo, enquanto nós homens fazemos uma
de cada vez.
E ainda dizem que a mulher é o sexo
frágil... Como declamou em verso Drumond de Andrade, “elas são fantásticas”.
AdilsonGirardi, Jornalista
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