A classe política em Brasília discute os
ingredientes de uma provável reforma política. Temas como o fim das coligações,
a diminuição da quantidade de partidos, o financiamento das campanhas, o
alinhamento das eleições em uma data única, o voto distrital puro ou misto, o
fim da reeleição, o voto facultativo, fórmulas para mandatos tampão, entre
outros, são tratados diariamente em conversas oficiais e informais nos
corredores do poder.
Entre tudo o que se ouve e o que se lê, é
possível extrair verdades universais. O vice-presidente Michel Temer, em
discurso na Câmara dos Deputados, disse uma delas: “Seria uma grande decepção
popular e política se nós todos, unidos, não conseguíssemos realizar essa reformulação
política no nosso País”.
Acostumados com o descaso e a acomodação
verificados nas últimas décadas no Brasil, os eleitores já não têm muita
esperança de que a reforma possa ser concretizada neste ano. Pelo menos não na
forma e conteúdo necessários para equilibrar a representatividade política e
para moralizar minimamente o processo eleitoral. Mas será mesmo uma decepção se
nada mudar.
Trazendo o assunto para mais perto, o que
seria o ideal para nossa cidade? Para a nossa região e nosso bairro? Fazer
eleições para todos os cargos numa só data seria um bom começo. Acabar com as
coligações e consequentemente com os partidos de aluguel também é salutar.
Adotar o sistema de voto distrital também nos parece interessante.
Na modalidade de voto distrital puro, a
cidade seria dividida em 19 distritos eleitorais. Cada distrito poderia ter um
candidato a vereador de cada partido, com direito a um suplente. Cada distrito
elege um candidato, o mais votado. Há os
que defendem tal ideia. Outros a rejeitam. Os motivos cada um têm os seus. De
toda forma, a representatividade por regiões estaria garantida.
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