Há 60 anos, entrava em funcionamento uma nova captação junto ao Rio Piraí: a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Piraí. Inaugurada em 1955, a estação está localizada na Estrada dos Morros, no bairro Vila Nova.
Além de ser responsável pelo abastecimento da população que mora nas regiões Oeste e Sul da cidade, também abriga peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos e várias espécies de árvores e plantas. Aproximadamente 90% de sua área é composta por vegetação.
Apesar de, antes, ter existido em Joinville outros dois sistemas de captação, a ETA Piraí é considerada a primeira estação a oferecer um tratamento mais completo da água, com a inclusão dos processos químicos que ajudam a deixá-la própria para o consumo.
Os sistemas que abasteciam a população antes de 1955 eram a captação do Rio do Engenho, localizada no Morro do Boa Vista, que iniciou suas operações em 1885, e a captação no Rio Motucas, situada nas encostas da Serra do Mar, iniciada em 1916. Ambos utilizavam apenas processos físicos para melhorar a qualidade da água distribuída.
Em meados de 1970, a estação do Piraí abastecia cerca de 83 mil habitantes, aproximadamente 75% da população urbana do município na época. No fim da década de 70, o abastecimento da cidade ganhou reforço com a implantação da Estação de Tratamento de Água do Cubatão (ETA Cubatão). A partir de 2005 o sistema, que até então era estadual, foi municipalizado e a Companhia Águas de Joinville assume os serviços de água e esgoto de Joinville.
Plano diretor prevê melhorias para a ETA
Entre as metas do Plano Diretor da Águas de Joinville está a modernização da ETA Piraí e a construção de uma nova estação de tratamento de água, a ETA Piraí Sul. A modernização da ETA, que está em fase de elaboração dos projetos executivos, fará com que a produção seja mantida normalmente nos dias em que a turbidez da água é alta, situação comum quando há muita chuva.
Para atender as demandas da região Sul de Joinville, e uma população de 880 mil joinvilenses estimada para daqui a 20 anos, a ETA Piraí Sul contará com um investimento estimado em R$63,7 milhões e terá capacidade de produzir 750 litros por segundo. Já foram iniciados estudos no local, e a previsão é de que em 2020 a estação inicie suas operações.
Nova adutora completa um ano
A nova adutora da ETA Piraí completou um ano de operação em 2015. Desde sua inauguração, em março de 2014, o número de reclamações por falta de água diminuiu 32% nos primeiros meses deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado.
A nova adutora substituiu a antiga tubulação construída em 1950, aumentou o alcance da estação e melhorou a distribuição de água para moradores dos bairros Vila Nova, Nova Brasília, Floresta, Profipo, Boehmerwald, Santa Catarina, Parque Guarani, Paranaguamirim, João Costa, Itaum, Itinga, Fátima, Adhemar Garcia e Ulysses Guimarães. Além disso, também está gerando uma economia de cerca de R$70 mil por mês referente a gastos com energia elétrica, o que corresponde a uma redução de 50% na conta. Isso porque, apenas com a força da gravidade, o novo bombeamento leva a água tratada do Rio Piraí, localizado no bairro Vila Nova, aos reservatórios da região Sul.
Em 2011, rompimento compromete abastecimento de 30% da cidade
O rompimento de uma adutora, em janeiro de 2011, fez com que as atividades na estação fossem paralisadas, comprometendo o abastecimento de pelo menos 30% da cidade. Fortes chuvas provocaram turbulência suficiente para soltar pedras do leito do Rio Piraí, fazendo com que algumas delas se chocassem contra a tubulação da adutora principal.
A região era de difícil acesso e a localização do ponto de vazamento se tornou um desafio para a direção da Águas de Joinville, que precisou sobrevoar a adutora para encontrar o local do rompimento, enquanto engenheiros acompanhavam por terra.
“Eu e o Cristian Ricardo dos Santos, gerente de serviços operacionais da Companhia, [na época, coordenador do sistema de abastecimento de água] percorremos as estradas que cruzavam a rede. A maior dificuldade era que ela passava por dentro dos terrenos e em muitos casos a mata era fechada”, conta o assessor de planejamento e desenvolvimento, Cesar Rehnolt Meyer, que na ocasião era o gerente de operação e manutenção da Companhia.
A chuva também comprometeu os acessos à estação. Alguns funcionários da companhia ficaram ilhados em razão da inundação e tiveram de passar a noite na ETA. O operador de estação Maico Aurélio Huch, que trabalha no local desde 2007, foi um dos que ajudaram a “resgatar” esses trabalhadores. “A ponte que dá acesso à estação transbordou e encheu a rua. Isso aconteceu no final da tarde e os funcionários só conseguiram sair na manhã do dia seguinte, quando a água já havia baixado”, lembra.
Após seis horas de busca, o rompimento foi localizado por Roberto Piazera, funcionário aposentado da ETA, que já trabalhou como diretor de operações e hoje mora próximo à estação. “Achei e acenei para o helicóptero que sobrevoava a região”, lembra. Piazera é engenheiro e dedicou 20 anos de sua vida trabalhando na ETA Piraí. “Por causa da tempestade, ficamos sem luz na região e a rede teve de ser soldada com um gerador que tenho em casa”, recorda.
Conforme Meyer, o gerador do engenheiro foi fundamental, pois o acesso ao local era precário e era preciso energia elétrica para realizar o serviço.
“Ele possuía um gerador utilizando um motor de fusca. Foi a nossa salvação”, completa.
Além de ser responsável pelo abastecimento da população que mora nas regiões Oeste e Sul da cidade, também abriga peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos e várias espécies de árvores e plantas. Aproximadamente 90% de sua área é composta por vegetação.
Apesar de, antes, ter existido em Joinville outros dois sistemas de captação, a ETA Piraí é considerada a primeira estação a oferecer um tratamento mais completo da água, com a inclusão dos processos químicos que ajudam a deixá-la própria para o consumo.
Os sistemas que abasteciam a população antes de 1955 eram a captação do Rio do Engenho, localizada no Morro do Boa Vista, que iniciou suas operações em 1885, e a captação no Rio Motucas, situada nas encostas da Serra do Mar, iniciada em 1916. Ambos utilizavam apenas processos físicos para melhorar a qualidade da água distribuída.
Em meados de 1970, a estação do Piraí abastecia cerca de 83 mil habitantes, aproximadamente 75% da população urbana do município na época. No fim da década de 70, o abastecimento da cidade ganhou reforço com a implantação da Estação de Tratamento de Água do Cubatão (ETA Cubatão). A partir de 2005 o sistema, que até então era estadual, foi municipalizado e a Companhia Águas de Joinville assume os serviços de água e esgoto de Joinville.
Plano diretor prevê melhorias para a ETA
Entre as metas do Plano Diretor da Águas de Joinville está a modernização da ETA Piraí e a construção de uma nova estação de tratamento de água, a ETA Piraí Sul. A modernização da ETA, que está em fase de elaboração dos projetos executivos, fará com que a produção seja mantida normalmente nos dias em que a turbidez da água é alta, situação comum quando há muita chuva.
Para atender as demandas da região Sul de Joinville, e uma população de 880 mil joinvilenses estimada para daqui a 20 anos, a ETA Piraí Sul contará com um investimento estimado em R$63,7 milhões e terá capacidade de produzir 750 litros por segundo. Já foram iniciados estudos no local, e a previsão é de que em 2020 a estação inicie suas operações.
Nova adutora completa um ano
A nova adutora da ETA Piraí completou um ano de operação em 2015. Desde sua inauguração, em março de 2014, o número de reclamações por falta de água diminuiu 32% nos primeiros meses deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado.
A nova adutora substituiu a antiga tubulação construída em 1950, aumentou o alcance da estação e melhorou a distribuição de água para moradores dos bairros Vila Nova, Nova Brasília, Floresta, Profipo, Boehmerwald, Santa Catarina, Parque Guarani, Paranaguamirim, João Costa, Itaum, Itinga, Fátima, Adhemar Garcia e Ulysses Guimarães. Além disso, também está gerando uma economia de cerca de R$70 mil por mês referente a gastos com energia elétrica, o que corresponde a uma redução de 50% na conta. Isso porque, apenas com a força da gravidade, o novo bombeamento leva a água tratada do Rio Piraí, localizado no bairro Vila Nova, aos reservatórios da região Sul.
Em 2011, rompimento compromete abastecimento de 30% da cidade
O rompimento de uma adutora, em janeiro de 2011, fez com que as atividades na estação fossem paralisadas, comprometendo o abastecimento de pelo menos 30% da cidade. Fortes chuvas provocaram turbulência suficiente para soltar pedras do leito do Rio Piraí, fazendo com que algumas delas se chocassem contra a tubulação da adutora principal.
A região era de difícil acesso e a localização do ponto de vazamento se tornou um desafio para a direção da Águas de Joinville, que precisou sobrevoar a adutora para encontrar o local do rompimento, enquanto engenheiros acompanhavam por terra.
“Eu e o Cristian Ricardo dos Santos, gerente de serviços operacionais da Companhia, [na época, coordenador do sistema de abastecimento de água] percorremos as estradas que cruzavam a rede. A maior dificuldade era que ela passava por dentro dos terrenos e em muitos casos a mata era fechada”, conta o assessor de planejamento e desenvolvimento, Cesar Rehnolt Meyer, que na ocasião era o gerente de operação e manutenção da Companhia.
A chuva também comprometeu os acessos à estação. Alguns funcionários da companhia ficaram ilhados em razão da inundação e tiveram de passar a noite na ETA. O operador de estação Maico Aurélio Huch, que trabalha no local desde 2007, foi um dos que ajudaram a “resgatar” esses trabalhadores. “A ponte que dá acesso à estação transbordou e encheu a rua. Isso aconteceu no final da tarde e os funcionários só conseguiram sair na manhã do dia seguinte, quando a água já havia baixado”, lembra.
Após seis horas de busca, o rompimento foi localizado por Roberto Piazera, funcionário aposentado da ETA, que já trabalhou como diretor de operações e hoje mora próximo à estação. “Achei e acenei para o helicóptero que sobrevoava a região”, lembra. Piazera é engenheiro e dedicou 20 anos de sua vida trabalhando na ETA Piraí. “Por causa da tempestade, ficamos sem luz na região e a rede teve de ser soldada com um gerador que tenho em casa”, recorda.
Conforme Meyer, o gerador do engenheiro foi fundamental, pois o acesso ao local era precário e era preciso energia elétrica para realizar o serviço.
“Ele possuía um gerador utilizando um motor de fusca. Foi a nossa salvação”, completa.
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