Cerca de 150 produtores de arroz acompanharam nesta sexta-feira (22/3) os resultados da unidade experimental de observação de sementes de arroz, na propriedade do agricultor Raul Lafin, na Estrada Blumenau, região rural do bairro Vila Nova. No terreno foram plantadas 10 variedades desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri).
Em visita ao evento, o prefeito Udo Döhler destacou o papel
da agricultura no contexto econômico municipal. “É preciso desenvolver parcerias
para fortalecer a área rural”, disse.O Dia de Campo
do Arroz, realizado todos os anos no mês de março, é também uma oportunidade
para os agricultores conhecerem novas técnicas de manejo e produção.
Profissionais da Epagri e da Fundação 25 de Julho se revezam em palestras
focadas na melhoria da produtividade e na relação custo/benefício. “É também um
fórum onde o produtor pode trocar ideias com outros produtores e às vezes
grandes problemas são solucionados na troca de experiências”, diz Onévio Zabot,
gerente regional da Epagri.
Na área
experimental, foram cultivadas 10 variedades de arroz, desenvolvidas pela
Epagri. O técnico agrícola Osmar Vanderlinde, da Epagri, explica que metade da
plantação foi pulverizada com fungicida para controle da Brusone (doença comum
na lavoura) e outra metade ficou sem o tratamento. Outra unidade foi cultivada
com 5 doses diferentes de adubação. “Todo este trabalho é acompanhado por
pesquisadores de Epagri de Itajaí, onde está o centro de pesquisa da cultura”,
conta Osmar.
Joinville
conta hoje com 180 produtores de arroz irrigado, divididos em 285 propriedades,
a maioria delas ao longo da Rodovia do Arroz, Estrada Blumenau e Estrada Morro
do Meio. Para este ano está projetada uma produção de 391 mil sacas de 50 kg,
que deve render mais de R$ 11 milhões, com custo médio da saca a R$ 30. Grande
parte destes agricultores está organizada na Sociedade Distribuidora de Água
para Irrigação de Joinville (Sodaj), quem mantém com seus sócios 54 mil metros
de canais de irrigação alimentados pelos rios Piraí e Piraizinho.
Neste ano, o
custo variável de produção, levando-se em consideração os insumos, mão-de-obra,
horas-máquina, colheita, seguro, entre outros, ficou em R$ 19,66. “Se somarmos
os custos fixos (manutenção e depreciação dos equipamentos, benfeitorias,
impostos, taxas, remuneração da terra e do agricultor) teríamos que vender a
saca a R$ 33,11”, explica Ricardo Werner Plothow, engenheiro agrônomo e Gerente
de Extensão e Desenvolvimento Rural da Fundação 25 de Julho. Fonte: Prefeitura de Joinville.
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