Segundo o Anuário Peixe BR da Piscicultura 2021, Santa Catarina é o quarto maior produtor de peixes de água doce do país. Ocupando pouco mais de 1% do território nacional e com uma estrutura fundiária de pequenas propriedades, o estado produziu cerca de 52 mil toneladas de peixes em 2020, sendo 79% representado pelas tilápias, 19% pelas carpas e em menor volume por outros grupos de peixes como jundiás, trutas e peixes redondos.
Para o médico-veterinário Luiz Rodrigo Mota Vicente, líder do programa da Epagri de Aquicultura e Pesca Artesanal no Sul Catarinense, a capacitação é o passo inicial para o sucesso na atividade, “especialmente em um momento em que as informações disponíveis na internet estão em grande volume e chegam ao produtor em uma velocidade inimaginável, sendo cada vez mais necessária a assessoria técnica idônea, a exemplo da Epagri, para fazer as ponderações e adequações necessárias para a aplicabilidade de cada tecnologia de produção nas propriedades”, diz.
“O trabalho em conjunto entre o setor público e o privado na piscicultura é fundamental para o desenvolvimento e consolidação da atividade, tornando-a cada vez mais competitiva em relação a outros estados produtores e frente a outras fontes de proteína animal para o consumo humano”, avalia o extensionista.
Mesmo assim, Vicente pondera que a piscicultura ainda precisa avançar muito, transforando os piscicultores amadores em comerciais, fazendo com que eles obtenham renda com a atividade, como também qualificando os comerciais para que se tornem cada vez mais eficientes na produção, melhorando a renda do produtor.
Ele ressalta que a promulgação da Lei da Piscicultura catarinense em 2019 e o Termo de Cooperação Técnica entre as entidades envolvidas está agilizando a Autorização ou Licenciamento Ambiental, possibilitando ao piscicultor o acesso ao crédito rural e a canalização da produção e comercialização aos frigoríficos mais exigentes.
“Os fatores supramencionados, além de mudanças de modelos de produção de monofásicos para bifásicos, utilizando-se berçários como ferramenta para o escalonamento da produção e o comprometimento de todos os elos da cadeia estão tornando a piscicultura catarinense mais competitiva, trazendo renda e emprego ao meio rural e logrando divisas aos municípios produtores e ao estado de Santa Catarina”, comemora Vicente.
Fonte: Epagri SC (www.epagri.sc.gov.br). Foto: Luiz Rodrigo Vicente.
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