quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Chuvas de janeiro atrapalham produção de soja no Vila Nova

A colheita de soja na propriedade do agricultor Wilmar Roos, um dos três produtores que desenvolvem este cultivo no Vila Nova, teve uma quebra de pelo menos 50% na produção neste ano. O prejuízo ocorreu por causa do excesso de chuvas durante o mês de dezembro e janeiro. "A umidade alta atrapalha o desenvolvimento do grão da forma como deve ocorrer em condições normais. Mas o clima é um fator limitante para toda a agricultura", explica Roos. 

Em 2020 a propriedade, localizada na Estrada Comprida, produziu 70 sacas por hectare numa área de 5 hectares. Neste ano, a projeção era ampliar para pelo menos 80 sacas de soja por hectare, numa área ampliada para 8 hectares. "Esse ano, o objetivo era uma produção ainda melhor, por ser plantada uma variedade com um dos melhores tetos produtivos. Estávamos com uma expectativa boa, inclusive de ampliar a quantidade de sacas por hectare, mas o clima não colaborou", comenta. 

"Se as condições climáticas tivessem sido favoráveis teria possibilidade de produzir umas 600 sacas nessa área de 32 morgos", diz Roos. 

O preço da soja é um dos atrativos. Enquanto ano passado a saca era vendida a R$ 80, neste ano o preço subiu para R$ 155. "Porém, o custo para produção também subiu 20% em relação ao ano passado", diz. 

Mesmo com todos os imprevistos, Wilmar Roos está satisfeito com a cultura da soja. "Só não planto mais porque ainda não tenho área de expansão. Temos que melhorar sempre. Quem sabe no próximo ano buscaremos uma forma de garantir a lucratividade mínima, através da contratação de seguro contra efeitos climáticos", projeta. 

Foto: Adilson Girardi

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