Garantir ao consumidor final produtos saudáveis e certificados pelos órgãos de inspeção sanitária é o objetivo do programa de alimentação saudável promovido pela Fundação 25 de Julho. Para buscar subsídios a métodos de controle e certificação nos produtos de origem animal, um grupo de veterinários da Fundação participou de palestra da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), nesta sexta-feira (26/7), na Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR-Joinville), sobre o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose.
De acordo com as palestrantes, as médicas-veterinárias Letícia Solek Teixeira e Amanda de Oliveira Monsores, da Cidasc, o programa tem como meta promover a qualidade sanitária dos produtos de origem animal, “que no rebanho bovino estão concentrados principalmente nos derivados do leite”, adiantou Letícia. Ela conta que a não obrigatoriedade da inspeção e os custos (exclusivos do produtor) fazem com que a maioria dos rebanhos fique à margem da certificação. “Em outros países, produtores conseguem agregar valor aos seus produtos com os selos de certificação”, exemplifica.
“É esta possibilidade de agregar valor à sua produção que queremos proporcionar aos nossos produtores rurais de Joinville”, disse Valério Schiochet, presidente da Fundação 25 de Julho. “Através de orientação, capacitação e apoio técnico queremos que cada produto possa ser rastreado até a origem, garantindo assim a certificação de sua procedência saudável”, explica.
A tuberculose bovina é uma doença que ataca o gado e as consequências são o enfraquecimento do animal, a diminuição da produção e o descarte da carcaça na hora do abate. Na maioria dos casos, a solução é o sacrifício do animal. Em Santa Catarina, em 2012, foram sacrificados mais de 500 bovinos por causa da tuberculose. “A melhor forma de evitar o contágio é a precaução na hora de comprar o gado”, explica Jalmir Antonio Schultz, médico-veterinário da Fundação 25 de Julho.
A transmissão da doença para humanos pode ocorrer pelo manuseio em abatedouros e açougues e principalmente através do consumo dos derivados animais, como carne, leite, queijos, entre outros. “Por isso a importância do trabalho da Fundação na busca de uma alimentação saudável”, complementa Schiochet.
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