A dificuldade de identificação das variadas espécies da Palmeira Imperial
para extração de sementes motivou técnicos da Fundação 25 de Julho a buscar
alternativas tecnológicas para resolver o problema. O resultado foi encontrado
no curso de Botânica da Universidade Federal do Paraná, onde estudos
desenvolvem a rastreabilidade das espécies através do código de barras
molecular, conhecido como Barcode.
German Gregório M. Ayala, engenheiro agrônomo da Fundação 25 de Julho, é um
especialista no assunto palmáceas. Estuda e trabalha nesta área desde 1985. Foi
dele a ideia de buscar ajuda na universidade. “Assisti a uma palestra num
Congresso de Botânica aqui em Joinville e vislumbrei a utilização das técnicas
de DNA Barcode de plantas para identificação de matrizes da palmeira imperial
para sementes”, explica.
A busca de alternativas para cultivo do palmito Juçara, que por ser árvore
nativa exige uma série de licenciamentos, fez crescer o interesse por outras
espécies, como Palmeira Imperial. Atualmente, o reconhecimento dos tipos de
palmeiras é feito com métodos visuais, nem sempre certeiros. Por isso, diz o
engenheiro agrônomo da fundação, “precisamos utilizar técnicas mais confiáveis
para identificação das matrizes produtoras de sementes de cada espécie”.
Ayala fez os primeiros contatos com a UFPR e foi informado que existe a
possibilidade de realizar o rastreamento. “Agora precisamos separar pelo menos
cinco amostras diferentes de cada espécie para serem testadas", diz. “Uma
das amostras pode contemplar, por exemplo, as palmeiras imperiais da Rua das
Palmeiras”, prevê.
DNA Barcode e a sistemática molecular
O código de barras molecular, denominado DNA Barcode, é uma técnica
utilizada para a identificação de espécies animais reconhecidas
cientificamente. O maior objetivo do método é a criação de um banco de dados
com as sequências de todas as espécies possíveis, que já está disponível em http://www.barcodinglife.org/,
onde é possível a visualização das espécies que já foram sequenciadas e
discriminadas com o método (quase um milhão).
Nenhum comentário:
Postar um comentário