sexta-feira, 19 de julho de 2013

Fundação estuda rastreamento genético da Palmeira Imperial




A dificuldade de identificação das variadas espécies da Palmeira Imperial para extração de sementes motivou técnicos da Fundação 25 de Julho a buscar alternativas tecnológicas para resolver o problema. O resultado foi encontrado no curso de Botânica da Universidade Federal do Paraná, onde estudos desenvolvem a rastreabilidade das espécies através do código de barras molecular, conhecido como Barcode.


German Gregório M. Ayala, engenheiro agrônomo da Fundação 25 de Julho, é um especialista no assunto palmáceas. Estuda e trabalha nesta área desde 1985. Foi dele a ideia de buscar ajuda na universidade. “Assisti a uma palestra num Congresso de Botânica aqui em Joinville e vislumbrei a utilização das técnicas de DNA Barcode de plantas para identificação de matrizes da palmeira imperial para sementes”, explica.  


A busca de alternativas para cultivo do palmito Juçara, que por ser árvore nativa exige uma série de licenciamentos, fez crescer o interesse por outras espécies, como Palmeira Imperial. Atualmente, o reconhecimento dos tipos de palmeiras é feito com métodos visuais, nem sempre certeiros. Por isso, diz o engenheiro agrônomo da fundação, “precisamos utilizar técnicas mais confiáveis para identificação das matrizes produtoras de sementes de cada espécie”.


Ayala fez os primeiros contatos com a UFPR e foi informado que existe a possibilidade de realizar o rastreamento. “Agora precisamos separar pelo menos cinco amostras diferentes de cada espécie para serem testadas", diz. “Uma das amostras pode contemplar, por exemplo, as palmeiras imperiais da Rua das Palmeiras”, prevê.


DNA Barcode e a sistemática molecular


O código de barras molecular, denominado DNA Barcode, é uma técnica utilizada para a identificação de espécies animais reconhecidas cientificamente. O maior objetivo do método é a criação de um banco de dados com as sequências de todas as espécies possíveis, que já está disponível em http://www.barcodinglife.org/, onde é possível a visualização das espécies que já foram sequenciadas e discriminadas com o método (quase um milhão).

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