Mais de 300 produtores, técnicos
e adeptos da cultura de criar peixes participam nesta sexta-feira (19/4) do Dia
de Campo em Piscicultura, na Fundação 25 de Julho, em Pirabeiraba. Promovido
pela fundação e com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão
Rural de Santa Catarina (Epagri), o evento foi dividido entre visitas às estações
temáticas no período da manhã e ciclo de palestras sobre piscicultura na parte
da tarde.
O Dia de Campo contou com cinco
estações técnicas, onde foram abordados os temas da qualidade dos alevinos, a
nutrição de peixes, o manejo de peixes, a sanidade de peixes e a qualidade da
água. As oficinas foram orientadas por técnicos da Epagri, da Fundação 25 de
Julho e uma delas, a de sanidade de peixes, por profissional da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). “É na área dos alevinos que temos a maior qualificação
hoje”, lembrou Valério Schiochet, presidente da Fundação 25 de Julho.
Os participantes também puderam
apreciar a exposição de produtos e equipamentos voltados à piscicultura. “Temos
expositores de várias cidades do Estado, como Itajaí, Indaial, Blumenau,
Florianópolis, Jaraguá do Sul, Luiz Alves e até de fora de Santa Catarina, como
Apucarana (PR)”, descreveu Fernanda Queiroz e Silva, técnica em aquicultura da
Fundação 25 de Julho.
O período da tarde foi reservado
para a palestra sobre a situação da piscicultura no mundo, a cargo oceanógrafo
Fernando Silveira, da Epagri, seguida de discussão em mesa-redonda sob a
coordenação do engenheiro agrônomo da Epagri Anselmo Benvindo Cadorin. Entre os
debatedores o engenheiro agrônomo Roberto Hoppe e a médica veterinária Susane
Pahl-Klipp, da Fundação 25 de Julho, o doutor em aquicultura Maurício Laterça
Martins, da UFSC, o veterinário José Humberto de Souza, da Rações Nicolluzzi e
dos engenheiros agrônomos Paulo Warmling e Henrique Appel, ambos da Epagri.
Piscicultura na região
A realidade da piscicultura na
região Nordeste do Estado segue as tendências estaduais, onde a maior parte do
cultivo é feita em propriedades familiares, com pequenas áreas inundadas. É o
caso dos produtores Kleiton Irandi Azevedo e Felipe Rosninca, de São João do
Itaperiú, que participam do dia de campo “para conhecer mais sobre o assunto e
para aprender as técnicas atuais” como fizeram questão de afirmar.
A vantagem da região é a
qualidade da água, as áreas apropriadas ao cultivo de peixes e também a
localização geográfica de fácil acesso a grandes mercados consumidores. O peixe
preferido para cultivo, tanto no Estado como no município continua sendo a
tilápia. A tilápia representa 60% da produção e os 40% restantes se dividem
entre outras espécies, como as variedades de carpas, jundiás, entre outros.
O papel da Fundação 25 de Julho
no contexto produtivo é o de incentivar e fornecer o suporte técnico de manejo
aos produtores. Em 2012 a produção de alevinos superou a marca das 600 mil
unidades “e a previsão para este ano é chegar perto de um milhão” diz Schiochet.
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