sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dia de Campo em Piscicultura reúne mais de 300 produtores


Mais de 300 produtores, técnicos e adeptos da cultura de criar peixes participam nesta sexta-feira (19/4) do Dia de Campo em Piscicultura, na Fundação 25 de Julho, em Pirabeiraba. Promovido pela fundação e com o apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o evento foi dividido entre visitas às estações temáticas no período da manhã e ciclo de palestras sobre piscicultura na parte da tarde.

O Dia de Campo contou com cinco estações técnicas, onde foram abordados os temas da qualidade dos alevinos, a nutrição de peixes, o manejo de peixes, a sanidade de peixes e a qualidade da água. As oficinas foram orientadas por técnicos da Epagri, da Fundação 25 de Julho e uma delas, a de sanidade de peixes, por profissional da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “É na área dos alevinos que temos a maior qualificação hoje”, lembrou Valério Schiochet, presidente da Fundação 25 de Julho.

Os participantes também puderam apreciar a exposição de produtos e equipamentos voltados à piscicultura. “Temos expositores de várias cidades do Estado, como Itajaí, Indaial, Blumenau, Florianópolis, Jaraguá do Sul, Luiz Alves e até de fora de Santa Catarina, como Apucarana (PR)”, descreveu Fernanda Queiroz e Silva, técnica em aquicultura da Fundação 25 de Julho.

O período da tarde foi reservado para a palestra sobre a situação da piscicultura no mundo, a cargo oceanógrafo Fernando Silveira, da Epagri, seguida de discussão em mesa-redonda sob a coordenação do engenheiro agrônomo da Epagri Anselmo Benvindo Cadorin. Entre os debatedores o engenheiro agrônomo Roberto Hoppe e a médica veterinária Susane Pahl-Klipp, da Fundação 25 de Julho, o doutor em aquicultura Maurício Laterça Martins, da UFSC, o veterinário José Humberto de Souza, da Rações Nicolluzzi e dos engenheiros agrônomos Paulo Warmling e Henrique Appel, ambos da Epagri.

Piscicultura na região

A realidade da piscicultura na região Nordeste do Estado segue as tendências estaduais, onde a maior parte do cultivo é feita em propriedades familiares, com pequenas áreas inundadas. É o caso dos produtores Kleiton Irandi Azevedo e Felipe Rosninca, de São João do Itaperiú, que participam do dia de campo “para conhecer mais sobre o assunto e para aprender as técnicas atuais” como fizeram questão de afirmar.

A vantagem da região é a qualidade da água, as áreas apropriadas ao cultivo de peixes e também a localização geográfica de fácil acesso a grandes mercados consumidores. O peixe preferido para cultivo, tanto no Estado como no município continua sendo a tilápia. A tilápia representa 60% da produção e os 40% restantes se dividem entre outras espécies, como as variedades de carpas, jundiás, entre outros.

O papel da Fundação 25 de Julho no contexto produtivo é o de incentivar e fornecer o suporte técnico de manejo aos produtores. Em 2012 a produção de alevinos superou a marca das 600 mil unidades “e a previsão para este ano é chegar perto de um milhão” diz Schiochet. 

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