Moradores protestaram e pediram mais segurança para a região |
Dona Felisbina Wagner Koentopp, de 55 anos, estava em casa. Uma propriedade rural localizada na região da Estrada do Salto 1, no bairro Vila Nova. Era sábado por volta das 15 horas e o marido, seu Geraldo Koentopp, estava na roça trabalhado. Felisbina também trabalhava cortando ração para o gado quando três rapazes a chamaram já dentro do pátio para pedir alguma coisa. Foi ela virar as costas para ir desligar a máquina e eles anunciarem o assalto, já com arma em punho. Daí por diante foi uma covardia.
Os marginais levaram a vítima para dentro da casa e começaram o espancamento. Em busca de dinheiro, eles não tiveram pressa. "Pararam de bater talvez porque acharam que ela havia morrido", disse a filha Solange. Depois que fugiram, dona Felisbina ainda encontrou forças para acionar uma espécie de campainha que o casal mantinha em casa para alguma emergência.
Seu Geraldo ouviu o chamado e logo correu para casa, prevendo algum problema sério. A vítima conseguiu de algum jeito se desvencilhar dos arames que a amordaçavam e ligou para a filha Solange, que veio rapidamente, acionou a Polícia Militar e levou a mãe para o hospital.
O resultado, além do dinheiro levado, foram dois ossos do nariz e um do maxilar quebrados, hematomas pelo rosto todo e o trauma pela agressividade dos bandidos. "É terrível a situação que passamos. Não desejo isso nem para o pior inimigo", disse Solange.
Agora dona Felisbina vai precisar fazer uma cirurgia para correção do maxilar. "Antes vai ter que esperar desinchar o rosto, que ficou bastante debilitado", comentou Solange. Mas a maior preocupação agora é voltar para casa, numa situação de risco iminente.
Nesta terça-feira os familiares e moradores da região se uniram para protestar. Todos são unânimes em afirmar que falta segurança no meio rural. "Nos finais de semana isso aqui é o caos. Ninguém respeita a propriedade alheia", disse uma moradora que não quis se identificar.
Atraídos pelas belezas naturais e pelos rios que cortam a região, os turistas de fim de semana talvez não imaginem que no meio deles há marginais que se aproveitam da situação de abandono para atacar famílias inteiras.
Para o presidente do Conselho das Associações, Elpídio Zimmermann, não há solução imediata para este tipo de problema. "O que se pode fazer são medidas paliativas, como a instalação de câmeras de segurança, a presença mais constante da polícia e da Guarda Municipal na região, para quem sabe inibir a ação dos bandidos", avaliou.
Na próxima sexta-feira a Associação de Moradores da Estrada dos Morros se reúne em assembleia. Os moradores prometem comparecer para juntos buscarem soluções para o perigo que ronda toda a região rural.
Foto: Adilson Girardi
Um comentário:
Enquanto isso um juiz de execução dessa cidade leva presos para curtirem uma sessão de cinema. (Pode procurar na Internet para ver se é mentira). E você contribuinte, passou o ingresso
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