A Secretaria da Saúde de Joinville está alertando empresas e
transportadoras que trabalham com produtos vindos dos Estados de Minas
Gerais, Bahia, São Paulo, Pernambuco, Alagoas e Pará para redobrarem a
atenção para o risco da presença de escorpiões da espécie Tityus
serrulatus. Conhecido como escorpião amarelo, ele é considerado o mais
venenoso da América do Sul.
Em ofício enviado às empresas e transportadoras, a Secretaria
solicita que os funcionários sejam orientados para o uso de equipamentos
de proteção individual (EPIs), como luvas e botas, durante o manuseio
dessas cargas. Caso qualquer exemplar de escorpião seja encontrado, a
Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde deve ser avisada pelos
telefones 3432-2337 e 3433-1660.
Agentes da Vigilância Ambiental continuam a investigação e a captura
do escorpião amarelo, trabalho que foi intensificado em agosto com o
aparecimento de exemplares desta espécie na região central de
Joinville. Nos últimos dias, o serviço também encontrou exemplares em
outras regiões da cidade, o que aumenta a preocupação da Vigilância
Ambiental.
O escorpião da espécie Tityus serrulatus possui as pernas e cauda
amarela-clara e mede até sete centímetros de comprimento. Consegue ficar
em jejum por meses e resiste a inseticidas por sua capacidade de ficar
sem respirar por dias, até o efeito do produto passar. Ao encontrar um
exemplar, a recomendação é avisar a Vigilância Ambiental e, se possível,
conter o animal colocando sobre ele um recipiente de boca larga.
Até o momento, um único acidente com escorpião foi registrado em
Joinville, no bairro Floresta. A vítima estava fazendo o descarregamento
de produtos vindos de Minas Gerais quando foi picada. O paciente foi
encaminhado ao Hospital Municipal São José, onde recebeu soro
antiescorpiônico. Nenhum outro exemplar foi encontrado pelas Vigilâncias
Ambiental e Epidemiológica de Joinville em outros pontos onde houve a
descarga do mesmo caminhão.
O escorpião amarelo é mais comum em estados do Sudeste, Centro-Oeste e
Nordeste do Brasil, mas consegue se adaptar facilmente a outras
regiões, o que contribui para sua sobrevivência e proliferação. Em Santa
Catarina, alguns registros do aparecimento desta espécie foram
relatados nos municípios de Biguaçu, Blumenau, Itajaí e São José.
O que fazer?
A picada do escorpião provoca dor imediata e, muitas vezes, intensa,
com sensação de ardor, queimação ou agulhadas. Nos casos graves, que
ocorrem geralmente com crianças, e principalmente nos acidentes causados
por T. serrulatus, pode haver sudorese intensa, enjoos, vômitos,
diarreia e dor abdominal, agitação, aumento da pressão arterial,
arritmias cardíacas, edema pulmonar, alterações neurológicas e choque.
O controle de acidentes com escorpiões baseia-se em evitar condições
propícias para o abrigo e à proliferação destes animais. Desta forma,
recomenda-se manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e evitar
acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas,
tijolos, madeiras e lenha. Em serviços de jardinagem, é indispensável o
uso de luvas e botas para evitar o contato com o animal.
Em caso de ataque, a pessoa deve lavar o local da picada com água e
sabão, fazer compressas mornas e se dirigir a uma unidade de saúde para
avaliação do caso e encaminhamento a uma unidade de referência, que em
Joinville são os hospitais São José, Regional e Materno Infantil. Casos
considerados leves, apenas com dor local, serão tratados com analgésico.
Casos moderados a graves receberão soro antiescorpiônico, disponível
gratuitamente nestes hospitais.
Os telefones da Vigilância Ambiental para mais informações e notificação da presença desses animais são 3432-2337 e 3433-1660.
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