
A direção do vento, porém, muda rápida e constantemente,
tornando imprevisível o alcance da fumaça. Por causa disso, moradores têm se
deslocado de um lado para outro para evitar a nuvem, que é tóxica.
Nesta quinta-feira (26) a fumaça causada pela combustão
ficou mais esparsa e menos concentrada. Foi da cor amarela para um branco
acinzentado.
Para a prefeitura, é "muito difícil" que a nuvem
chegue ao litoral de São Paulo, agora que arrefeceu.
No final da tarde, a fumaça tomou o centro da cidade, como
uma neblina. O cheiro é semelhante ao de água sanitária. A orientação é que os
moradores a evitem e rumem a lugares arejados.
"A mudança é boa. Quer dizer que diminuímos a
temperatura e o pH", diz o comandante do Corpo de Bombeiros, Marcos Oliveira.
Ainda que Oliveira não tivesse previsão de quando encerrariam o combate, dizia
que enfim haviam adotado a estratégia acertada.
Por 40 horas, os bombeiros usaram escavadeiras e destruíram
paredes para retirar o material do galpão e acabar com a combustão. Ontem, sob
orientação de técnicos da Vale Fertilizantes, descobriram que, na verdade,
estavam "alimentando" essa combustão.
A entrada do maquinário trazia novos componentes ao
material, que estimulavam a combustão. A abertura de paredes ofertava ar para o
processo e aumentava a temperatura do galpão, assim como o incêndio.
"Agora, o combate está mais técnico", diz Oliveira.
Sensores térmicos indicam onde estão as áreas mais quentes
para uso dos jatos de água. O teto do galpão também foi derrubado, para dar
vazão à fumaça.
Até agora, dois bombeiros se feriram, com intoxicação pela
fumaça. Um deles permanece internado em estado grave, com os pulmões
comprometidos e respirando com auxílio de aparelhos.
Segundo o hospital, porém, seu quadro melhorou nas últimas
horas e deve se reverter em alguns dias.
Fonte: Folha de S. Paulo on line
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