Novidade é a máquina de descascar aipim |
Trabalhar na roça ficou mais fácil para a família Goudard, de
Pirabeiraba. Vilson, a esposa Lilian e os filhos Leandro e Daniela
passam o dia envolvidos com a produção de aipim, uma das mais
promissoras culturas do meio rural joinvilense. O tempo da enxada vai
ficando para trás. Do plantio ao beneficiamento, a propriedade conta com
uma variedade de máquinas e equipamentos que facilitam o trabalho e
garantem o sustento da família.
Há 15 anos no negócio, Vilson Goudard não se arrepende de ter trocado
a cultura do tomate pela do aipim. “No tomate vai muito veneno e, além
disso, quando o fruto está maduro precisa vender. Com o aipim é mais
fácil, porque é possível armazenar por algum tempo”, compara. A opção de
Vilson é validada por autoridades do setor agrícola. Segundo Osmar
Vanderlinde, técnico da Epagri em Joinville (Empresa de Pesquisa
Agropecuária e Extensão de SC), o aipim é uma cultura em plena expansão
no município. “A produtividade média alcança de 15 a 20 toneladas por
hectare”, estimou.
Para alcançar mais produtividade com o menor esforço, a família
Goudard há algum tempo começou a investir na mecanização da produção. Na
propriedade, todo manejo é automatizado, desde o plantio até a
embalagem. A novidade fica por conta da máquina de descascar o produto,
única em Joinville. “Através da Epagri e da Fundação 25 de Julho,
ficamos sabendo da existência desta máquina e decidimos fazer a
experiência, que acabou sendo um sucesso”, lembra Vilson.
Hoje estabelecidos como Agroindústria de Aipim Goudard, na Estrada do
Pico, zona rural de Pirabeiraba, pais e filhos estão envolvidos
diretamente na produção. Juntos e com a ajuda de mais um funcionário,
são responsáveis pela produção mensal de 18 toneladas de aipim
descascado e outras 22 toneladas do produto in natura. “Todo mês, são
duas carretas cheias de aipim que saem da nossa propriedade”, conta
Vilson Goudard. Toda produção é comercializada na região de Joinville,
em pontos comerciais ou para compradores particulares.
Com uma média de 650 propriedades produtoras em 1.200 hectares
plantados, o aipim aparece como quarta maior produção de alimentos em
toneladas do município (20.400 t), ficando atrás da cana-de-açúcar
(84.000 t), da banana (24.150 t), e do arroz irrigado (23.300 t). Já no
quesito renda bruta, o aipim ultrapassa todos e aparece como principal
cultura, com R$ 20,4 milhões ao ano. “O percentual de custeio da
produção também é o menor entre as outras culturas, com 12%”, afirma
Valério Schiochet, presidente da Fundação 25 de Julho. Assista o vídeo sobre o assunto aqui http://www.youtube.com/watch?v=K64Klg9ngY0&feature=youtu.be
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