O assalto a lojas no Vila Nova ocorrido recentemente mostra que é necessária uma mobilização
popular por mais segurança em nosso bairro. Alguma coisa precisa ser feita e
isso é urgente.
É notória a incapacidade do sistema penal
em processar todos os conflitos que envolvem a segurança, além de ser
questionável sua eficácia como forma de inibir novos crimes. No senso comum,
sabe-se que a polícia prende hoje mas a Justiça solta no outro dia. É a
legislação penal que temos.
Por isso, é necessário que se pense a
segurança pública além dos modelos de gestão das agências policiais e penais. É
preciso o envolvimento de outras esferas comunitárias em ações capazes de
diminuir o potencial de criminalidade. Isso compreende pessoas, família,
sociedade.
Sabe-se que fatores culturais e ambientais
contribuem para piorar a situação da violência. Por isso, penso que as
intervenções devem levar em consideração ações que contemplem políticas de
planejamento urbano, educação, cultura, lazer, geração de emprego e renda. Cada
um pode dar uma parcela de contribuição.
Depois da casa, a escola deveria ser o
lugar principal para a disseminação de ações educativas no âmbito do civismo,
da moral e bons costumes, para a formação de pessoas com consciência daquilo
que se prega como “amar o próximo como a si mesmo”. Mas os modelos devem vir de casa.
Talvez seja hora de pensar com o que
estamos alimentando socialmente e culturalmente nossos filhos. Há esse
comprometimento? Ou a educação está entregue à televisão, à novela e à
internet. Coisas para pensar.
O fortalecimento de ações comunitárias,
através dos Conselhos de Segurança, Associações de Moradores, deve ser
considerado, principalmente no auxílio ao combate ao alcoolismo, ao consumo de
drogas, fatos indiscutivelmente motivadores da criminalidade entre adolescentes
e jovens de nossa sociedade.
Como gestor de uma destas entidades
comunitárias do Vila Nova, o CAVIN, me proponho a prosseguir este debate, agora
com mais intensidade. Aqueles que quiserem e puderem se aliar a este movimento
em busca de soluções práticas e eficientes, o espaço está aberto.
Adilson Girardi
Jornalista (9158-4664)
Um comentário:
Bem pertinente essa entrevista sobre segurança: 'Estado deixa de lado a segurança pública de Joinville', diz juíza - Titular da 1ª Vara Criminal de Joinville há quase três anos, Karen Francis Schubert Reimer critica o desequilíbrio entre as estruturas do Poder Judiciário em Joinville e na Capital. Vale a pena ler. http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/seguranca/noticia/2015/04/estado-deixa-de-lado-a-seguranca-publica-de-joinville-diz-juiza-4737126.html
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