quinta-feira, 8 de maio de 2014

Municípios da Amvali buscam apoio da Fundação 25 de Julho para controle do maruim

Mosquito maruim ampliado em microcópio
Representantes da Associação dos Municípios do Vale do Itapocu (Amvali) se reuniram nesta quinta-feira com o presidente Valério Schiochet e técnicos da Fundação 25 de Julho para discutir alternativas de controle do mosquito maruim.

A partir do encontro foram definidas algumas linhas de ação para a colaboração mútua entre os municípios. A principal delas se refere à linha de pesquisa elaborada pelo biólogo da Luiz Américo de Souza, da Fundação. A ideia também é de incorporar outras cidades no processo. “Queremos agregar nestes estudos a Associação dos Municípios do Nordeste de Santa Catarina (Amunesc) onde também há registro do maruim”, disse Schiochet.

 O maruim ou mosquito-pólvora é um inseto de pequenas dimensões que se reproduz na matéria orgânica em decomposição. É um animal hematófago (as fêmeas se alimentam de sangue para poder reproduzir) e sua picada causa dor, inchaço e em pessoas alérgicas pode causar feridas. Na região de Joinville são quatro as principais espécies: a das arrozeiras, dos bananais, do mangue e do esterco orgânico.

O biólogo Luiz Américo desenvolve pesquisa sobre o mosquito. “É um processo que envolve várias etapas até que se possa chegar a um produto para o controle. Mas da mesma forma como ocorreu com o borrachudo, vamos identificar algum biolarvicida eficaz”, prevê. Atualmente são realizadas coletas, através de armadilhas, para verificar os locais e épocas em que o mosquito se apresenta com mais frequência.

Para intensificar e dar suporte às pesquisas, a Fundação 25 de Julho vai construir um laboratório específico para este tipo de estudo. “Além disso, estamos criando o Núcleo de Pesquisa Aplicada, setor que vai funcionar na Fundação para se dedicar a este e outros temas relevantes para o meio agrícola da cidade”, disse o Valério Schiochet.

Luiz Américo diz que mais armadilhas e criatórios foram montados para avançar a pesquisa, “pois o maruim está no mundo inteiro e a solução que buscamos servirá para todos”. Durante a pesquisa alguns produtos são elaborados e submetidos a testes de laboratório. “Todo o nosso trabalho segue as normas científicas de pesquisa e estamos pesquisando um repelente que será testado no verão para analisar a sua eficácia”, complementou.

A presença em abundância deste inseto na região Nordeste de Santa Catarina apresenta-se como um problema crônico e os métodos de controle calcados em princípios químicos, físicos ou biológicos ainda não se apresentaram totalmente eficazes. “Os prefeitos dos municípios nos procuram e querem uma solução para o problema”, relata Shana Kimi Farias Yamaguchi, analista da Amvali. De acordo com Karine Holler, analista ambiental da Amvali, a infestação do mosquito ocorre principalmente nos municípios de Corupá, Schroeder e interior de Jaraguá do Sul.

Foto de Luiz Américo de Souza, biólogo da Fundação 25 de Julho.

Nenhum comentário: