sexta-feira, 11 de abril de 2014

Seminário aborda mercado e produção de bananas na região norte



Discutir as perspectivas do mercado e as técnicas para garantir melhorias na produtividade é o foco do 4º Seminário da Cultura da Banana, que ocorre nesta sexta-feira, a partir das 14h30, na Estrada Blumenau, zona rural do bairro Vila Nova. O evento integra a programação da 4ª Festa da Banana, comemoração que já faz parte do calendário oficial da cidade. São esperados em torno de 150 produtores de Joinville e da região Norte do Estado.

A produção de bananas na região rural da cidade conta com o apoio da Fundação Municipal 25 de Julho, que presta assistência diretamente à Associação dos Bananicultores de Joinville (Asbanville). A associação congrega hoje em média 75 bananicultores e comerciantes da fruta em uma área total aproximada de 580 hectares, sendo destes aproximadamente 55 hectares de banana do grupo Prata, e os demais do grupo Cavendish. A média cultivada em Joinville é de 20 mil toneladas por ano.

Segundo o tesoureiro da Asbanville, Dilnei Jacques, a produção sofre neste ano com a falta de chuvas e com o período de calor intenso registrado principalmente no início de 2014. "Mas o principal inimigo das plantações ainda é o vento, que quando vem forte derruba as plantações", explica. Dilnei planta a fruta num espaço de 200 mil metros quadrados, na Estrada do Salto II. A produção, predominantemente da banana do tipo Caturra vai para Joinville e região.

Santa Catarina ocupa hoje o terceiro lugar na produção nacional de bananas, envolvendo 25.778 pequenos e médios produtores que cultivam mais de 30 mil hectares. O Litoral Norte do Estado é responsável por 90% da produção estadual de bananas. Destacam se na região como principais produtores os municípios de Corupá, Luis Alves, Jaraguá do Sul, Schroeder, Massaranduba, São João do Itaperiú, Guaramirim, Joinville, Garuva, Ilhota, Piçarras e Barra Velha.

Contra a importação


Fator que vem causando preocupação entre os produtores e que deve ser abordado no seminário, a importação de bananas, principalmente da região equatoriana, pode afetar diretamente a agricultura familiar no Estado. Para o gerente de abastecimento e comercialização da Fundação 25 de Julho, Troy Lemke, os riscos envolvem os preços e a qualidade sanitária do produto. “O Equador consegue praticar preços mais baixos por causa dos subsídios e das taxas menores praticadas na fonte”, explica.

Mas o principal problema seria a possibilidade da importação da fruta trazer também a contaminação das plantações, uma vez que várias pragas existentes em outros países são resistentes aos defensivos utilizados no Brasil. “E essa contaminação pode ocorrer de várias formas, como no descarte de produtos excedentes, por exemplo”, citou Lemke.

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