terça-feira, 10 de setembro de 2013

Alerta para presença de escorpiões em Joinville continua

A Secretaria da Saúde de Joinville está alertando empresas e transportadoras que trabalham com produtos vindos dos Estados de Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Pernambuco, Alagoas e Pará para redobrarem a atenção para o risco da presença de escorpiões da espécie Tityus serrulatus. Conhecido como escorpião amarelo, ele é considerado o mais venenoso da América do Sul.

Em ofício enviado às empresas e transportadoras, a Secretaria solicita que os funcionários sejam orientados para o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas e botas, durante o manuseio dessas cargas. Caso qualquer exemplar de escorpião seja encontrado, a Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde deve ser avisada pelos telefones 3432-2337 e 3433-1660.

Agentes da Vigilância Ambiental continuam a investigação e a captura do escorpião amarelo, trabalho que foi intensificado em agosto com o aparecimento de exemplares desta espécie na região central de Joinville.  Nos últimos dias, o serviço também encontrou exemplares em outras regiões da cidade, o que aumenta a preocupação da Vigilância Ambiental.

O escorpião da espécie Tityus serrulatus possui as pernas e cauda amarela-clara e mede até sete centímetros de comprimento. Consegue ficar em jejum por meses e resiste a inseticidas por sua capacidade de ficar sem respirar por dias, até o efeito do produto passar. Ao encontrar um exemplar, a recomendação é avisar a Vigilância Ambiental e, se possível, conter o animal colocando sobre ele um recipiente de boca larga.

Até o momento, um único acidente com escorpião foi registrado em Joinville, no bairro Floresta. A vítima estava fazendo o descarregamento de produtos vindos de Minas Gerais quando foi picada. O paciente foi encaminhado ao Hospital Municipal São José, onde recebeu soro antiescorpiônico. Nenhum outro exemplar foi encontrado pelas Vigilâncias Ambiental e Epidemiológica de Joinville em outros pontos onde houve a descarga do mesmo caminhão.

O escorpião amarelo é mais comum em estados do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil, mas consegue se adaptar facilmente a outras regiões, o que contribui para sua sobrevivência e proliferação. Em Santa Catarina, alguns registros do aparecimento desta espécie foram relatados nos municípios de Biguaçu, Blumenau, Itajaí e São José.

O que fazer?

A picada do escorpião provoca dor imediata e, muitas vezes, intensa, com sensação de ardor, queimação ou agulhadas. Nos casos graves, que ocorrem geralmente com crianças, e principalmente nos acidentes causados por T. serrulatus, pode haver sudorese intensa, enjoos, vômitos, diarreia e dor abdominal, agitação, aumento da pressão arterial, arritmias cardíacas, edema pulmonar, alterações neurológicas e choque.

O controle de acidentes com escorpiões baseia-se em evitar condições propícias para o abrigo e à proliferação destes animais. Desta forma, recomenda-se manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e evitar acúmulo de folhas secas, lixo e demais materiais como entulho, telhas, tijolos, madeiras e lenha. Em serviços de jardinagem, é indispensável o uso de luvas e botas para evitar o contato com o animal.

Em caso de ataque, a pessoa deve lavar o local da picada com água e sabão, fazer compressas mornas e se dirigir a uma unidade de saúde para avaliação do caso e encaminhamento a uma unidade de referência, que em Joinville são os hospitais São José, Regional e Materno Infantil. Casos considerados leves, apenas com dor local, serão tratados com analgésico. Casos moderados a graves receberão soro antiescorpiônico, disponível gratuitamente nestes hospitais.

Os telefones da Vigilância Ambiental para mais informações e notificação da presença desses animais são 3432-2337 e 3433-1660.

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